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Qualidade de vida é destaque de palestra na Semana de Luta contra a Aids
 
Semana contou com vários eventos


>>03/12/2018

Evento contou com minicursos e palestras, voltadas para a população ou para profissionais que atuam na área

A Semana de Luta contra a Aids, idealizada pela vereadora Cristina Ferreira, contou, na sexta-feira (30), com palestra do ativista Moysés Longuinho Toniolo de Souza, que é educador, policial militar e promotor legal popular com extensa militância em prol das pessoas que vivem com AIDS, no Brasil.

Ele falou para o plenário lotado, destacando a importância de a abordagem em todos os setores ser voltada à qualidade de vida da pessoa diagnosticada com o HIV e de redução dos tabus. “Temos todos que fazer um pacto para melhor atendimento, para as pessoas viverem de bem com a vida”, disse.

Segundo Moysés, atualmente houve muita evolução na forma de tratamento, o que reduz o tabu de que o diagnóstico positivo significa a morte. “Ninguém, em tese, precisaria morrer porque tem remédios  bons, com poucos efeitos colaterais. Até com apenas um medicamento se controla a replicação do vírus. Aids mata como pressão alta e diabetes, outras doenças crônicas, matam”, avaliou.

No entanto, em sua visão, os preconceitos ainda dificultam, desde a prevenção até mesmo na qualidade de vida das pessoas doentes.

Moysés também defendeu que os pacientes e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) têm o dever de auxiliar, conversando e dando informações aos técnicos de saúde, com objetivo de melhorar a qualidade dos serviços e de promover direitos humanos. “Não é só engolir remédio”, disse. Aos pacientes ainda cabe a função de lutar contra o auto-preconceito.

Outro aspecto, segundo ele, é que os serviços tanto oficiais quanto voluntários se preocupem em ver o paciente de forma integral: social, sexual e afetivamente.

Entre os alertas feitos pela palestrante, o mais contundente foi de que os chamados grupos de riscos, antes definidos como homossexuais, hoje foi deslocado para os grupos de heterossexuais, incluindo casados.

Quando aos dados apresentados, Moysés disse que, atualmente, existem mais de 926 mil pacientes em tratamento no Brasil, sendo que, a cada ano, 40 mil novas pessoas serão infectadas. No entanto, ele lembrou que havia previsões de que, no ano 2000 o país teria mais de um milhão de pessoas com Aids, índice o qual está sendo alcançado 18 anos depois. Isso se deve, em sua opinião, aos esforços em todos os níveis.

A íntegra da palestra, que teve o tema “Onde estamos e o que fazemos no enfrentamento à Aids?”, está disponível no Cidadania Canal, no Youtube (https://youtu.be/PFdmbkUMNBc).  

Sobre o palestrante

O palestrante é membro da Rede Nacional de Pessoas vivendo com Aids e fundador da mesma rede, na Bahia, desde 2000; membro do Fórum baiano de ONG AIDS e fundador do Fórum de Entidades de Patologia; conselheiro Estadual de Saúde na BAHIA (2008/2010 -2011/2014), representante PVHA do Brasil, pela RNP+/Brasil, na Rede +PLP – Rede da Sociedade Civil das Pessoas Infectadas e Afetadas e/ou trabalhem com VIH/SIDA, nos países de Língua Portuguesa, entre outras representações.


Até mesmo na ONU, ele já teve oportunidade de falar sobre a questão. Em março de 2012, foi convidado pelo alto comissionado de Direitos Humanos, através da Missão Diplomática Brasileira em Genebra, como um dos quatro oradores do Painel: Dando voz às pessoas infectadas e afetadas pelo HIV/AIDS.

Semana de luta

Além da palestra, aberta ao público em geral, o evento promovido pela vereadora Cristina Ferreira contou ainda com cursos. No dia 30 de novembro, foi ministrado o minicurso “Noções sobre o teste rápido”, com o mestre em Enfermagem Jessé Milanez dos Santos, voltado a profissionais da saúde.

Já nesta segunda-feira (3), o evento teve a palestra sobre Profilaxia Pós Exposição (PEP), também destinada a profissionais que atuam com pacientes.



 
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