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Violência Obstétrica é debatida durante audiência pública
 


>>10/12/2020



Como continuidade do trabalho feito, atualmente, pela Comissão de Saúde, formada pelos vereadores apóstolo Ivanildo (presidente), Sirlene dos Santos Pereira (membro) e Cristina (relatora), ocorreu na noite do dia 09 de dezembro, a Audiência Pública sobre Violência Obstétrica, mortalidade maternal e neonatal.
“O objetivo da Comissão é trazer a veracidade dos fatos, e também, tentar minimizar a dor e dar repostas as famílias a sociedade. Não é uma caça as bruxas ou um pré-juizo, buscamos com esta audiência trazer esclarecimentos e ainda entender os fatos do ponto de vista técnico, também”, enfatizou Ivanildo, durante a abertura da audiência.
Ele ainda fez questão de ressaltar que a Comissão vem buscando respostas, ouvindo pessoas. E, acredita que, a partir da Audiência Pública será possível transformar ideias em projetos de lei, para contribuir com boas práticas e mudança de realidade, na área da saúde.
Os diretores do hospital Auxiliadora, Marco Calderon e Francisco Claro, além de funcionários, e também, profissionais e servidores da saúde, representante do grupo de mães, participaram da audiência.


Palestra
No que se refere à parte técnica, a enfermeira obstétrica, professora dos cursos de Enfermagem e Medicina, doutora em Políticas Públicas de saúde e colaboradora do grupo técnico de saúde da Mulher - Coren, Kaelly Virgínia Saraiva, foi a responsável por abordar o tema.
Na oportunidade, ela pontuou sobre conceitos, explicou sobre histórico dos partos, apresentou dados, mas sobretudo, falou sobre a importância e a diferença que um profissional de saúde atualizado faz, no atendimento as gestantes.
A enfermeira fez questão e destacar informações como o modelo de parto adotado no país ser conhecido como violento, por profissionais de outros países. Além disso, ela ainda frisou que há um desrespeito aos direitos básicos da mulher, da família.
Humanização do parto, como pauta de reivindicação do movimento feminista, parteiras e obstetrícia, a importância de parâmetros científicos/evidências, além da existência de uma Política de Humanização no Brasil (desde 2000) e de um Programa Nacional de parto Humanizado, também foram temas colocados em destaque por Kaelly.
Como sugestões e avaliação da realidade local, ela citou que a humanização dos partos deve começar, no prénatal e que o município carece de um grupo de apoio, na rede de saúde. Ela ainda falou que vem conversando com representantes da Secretaria de Saúde para viabilização de Casas de Partos, na cidade.
Uma Casa da Gestante, um local anexo ao hospital, para repouso ou hospedagem foi outra sugestão da enfermeira. Ela informou que é uma proposta de custo barato e que ajudaria, por exemplo, em situações, que a gestante tem dor, pouca dilatação e poderia ficar um tempo, para visitas médicas e avaliações de enfermeiras.
“Por meio de uma emenda parlamentar seria possível criar a Casa da Gestante, desafogando um pouco o hospital”, explicou.
Capacitação, principalmente, de enfermeiras obstétricas, bem como, a questão ética, na prática diária, também foram muito frisadas pela palestrante.
O público presente a audiência teve a oportunidade de apresentar questionamentos e esclarecer dúvidas com Kaelly.
Ao final, o vereador Ivanildo agradeceu a presença de todos, informou que fez alguns apontamentos e que os integrantes da Comissão de Saúde buscarão criar processos, mecanismos para melhor qualidade de vida das mães, da população. “A ideia da Comissão é trazer uma nova proposta, colaborando com a equipe do hospital, das unidades de saúde, naquilo que for possível, cada um tem sua história e realidade”, destacou.



 
 
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