Presidentes de sindicatos estão organizando um movimento para requisitar que o Ministério do Trabalho não feche a Agência de Atendimento em Três Lagoas, transferindo todo o atendimento para a superintendência de Campo Grande. Ao contrário, as categorias reivindicam que o atendimento seja ampliado, com abertura de uma Gerência Regional e aumento na quantidade de funcionários administrativos e auditores.

Na manhã desta quarta-feira (22), o presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio, Eurides Silveira de Freitas, e Jenir Neves, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, junto com os auditores Vanderci Braga Gonçalves e Regina Lúcia Ottoni Costa, pediram o apoio da Câmara Municipal e foram recebidos pelos vereadores Nuna Viana, Vera Helena e Jorginho do Gás.

Os sindicalistas ponderaram que a quantidade de trabalhadores tem crescido no município, seja na indústria, no campo, no comércio ou em serviços, ampliando as demandas e a preocupação. "A agência já funciona como um seguro que está sempre de plantão para quando o trabalhador precisar de amparo", afirmou Jenir.

Eurides Silveira também defendeu a manutenção dos auditores no município. "A cidade é destaque nacional na agricultura e pecuária e está se transformando no maior polo industrial do Estado e não justifica sermos atendidos pela superintendência em Campo Grande, onde ficará centralizado tudo. Hoje, tendo procurador aqui, já temos dificuldades para fazer uma fiscalização. Imagine longe", explicou.

O vice-presidente da Câmara, Jorginho do Gás, destacou que, em casos de fiscalização sobre denúncias, os auditores terão que vir da capital para Três Lagoas. "Para isso, terão que receber diárias, o que vai encarecer o atendimento", opinou.

O presidente da Câmara, Nuna Viana, requisitou que a agência em Três Lagoas forneça informações sobre a quantidade de atendimentos e orientou todos os sindicatos patronais e profissionais a aderirem ao pedido. "Na próxima semana, mandaremos uma indicação conjunta ao deputado Eduardo Rocha, que já se comprometeu a mobilizar outros deputados e toda a bancada federal para fazer a reivindicação ao ministro", disse.

Os sindicatos também colherão assinaturas para um abaixo-assinado, requisitando a manutenção do atendimento no município.